terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

É óbvio!

Dedicado a: Larissa Neves
Eu sei que tenho andado meio distante, mas é que muita coisa mudou. A única pena é que em termos de "qualidade" parece que não mudou nada... Eu sei, sei mesmo que talvez dependa do ponto de vista e o que tem valor pra você pode não ter pra mim, e vice-versa. Mas, o que eu quero dizer é que não adianta nada sua vida ter uma série de modificações e suas atitudes e práticas coincidirem com as velhas. É aquele papo chato e texto colado a cada ano novo, que diz que não será novo se as suas atitudes forem velhas. E o mais engraçado é que repassam cada vez mais a ideia do "novo" sentado no velho sofá, digitando no velho teclado só interessado em jogar indiretas ao outro mas nada interessado em analisar as suas próprias condutas.
Mas, nem sei porquê cheguei neste ponto. O assunto não é esse. Hoje, eu quero ser exatamente a mesma coisa que o autor dos textos passados. Aquele velho clichê que os fracos julgam e os fortes absorvem. Hoje, eu quero falar sobre limites: quando é que eu sei que chegou ao limite? Quero dizer, quando é que eu sei que é hora de parar, de abandonar, de desistir?
Talvez você esteja lendo buscando uma resposta para essa e outras perguntas, afinal, onde está a credibilidade do autor em escrever aquilo que ele não sabe? Na verdade eu sei, eu só custo a acreditar como a maioria de vocês. É óbvio que vocês sabem que não existe uma hora certa para desistir, a não ser que você tenha motivos convincentes pra parar. É óbvio que você sabe que se depende tão somente de você a sua parte deve ser feita até o último instante mas quando este não for o caso, se depender de mais pessoas desinteressadas as suas atitudes se tornam em vão. É óbvio também que a hora de desistir não está somente ligada ao grau de dificuldade mas sim também ao tamanho da sua vontade. Disso nós sabemos, é óbvio... Ora, se tudo isso é óbvio porquê estou escrevendo? Bingo! Voltamos ao começo. Suas atitudes coincidem com aquilo que você já sabe? Você tem insistido em algo por puro capricho ou por que sabe que ele trará retorno benéficos a você?
Nós - digo nós, me incluo - precisamos parar de fantasiar nossos desejos e insistirmos em algo que já tentamos de todas as formas e já sabemos que não dará certo. A sabedoria, por muitas vezes, não está no persistir mas sim no desistir e recomeçar do jeito que deve ser.
Recomeçar. Não adianta, essa palavra nos acompanhará para o resto de nossas vidas, mas só terá sucesso quando tirarmos o teu significado do papel.
Entre tantas coisas que já sabemos precisamos reforçar a ideia que desistir nada mais é do que ter uma nova chance para recomeçar no caminho certo, da forma certa, como deve ser. Certeza do que é correto de fato, é claro, nunca teremos, mas pra sairmos do lugar, da zona de conforto, precisamos criar estratégias. Joelho no chão ajuda, mas, atitudes que reflitam aquilo que você almeja agiliza todo o processo.

Matheus Araujo Dias