segunda-feira, 21 de julho de 2014

Qual é a sua verdade?

Confesso que tenho andando um pouco desleixado com meu blog, mas é por forças maiores. Eu acho que posso ser um tanto quanto ousado em afirmar que eu nunca estive tão feliz e por este motivo tenho registrado menos a minha tristeza. E o mais engraçado é que nem mudou muita coisa de uns tempos pra cá, mas, o principal mudou: a minha forma de construir a verdade! Sim, construir... A gente cresce quando entende que não existem verdades prontas, existem apenas fatos que corresponderão a uns e a outros não. Este meu modo de ver, por exemplo, pode até funcionar com você também, mas com outros não...
  E, diante essa nova fase que me encontro, tentei procurar explicações que lhe faça compreender que as verdades são construídas. Permita-se por um instante tentar entender que as vezes, a verdade que fere você pode ser simplesmente uma construção de premissas erradas. Eu sei, está confuso, estou pulando partes, então irei tentar explicar pra vocês de forma - quase - esclarecedora. 
  Durante minha vida acadêmica, agora de universitário, me deparei com uma teoria filosófica (utilizada na área da comunicação) que revela dois fatores: Premissas e conclusões. Premissas são "verdades parciais", conclusões são o que podemos (através da lógica) retirar das "afirmações" expostas. Veja o exemplo a seguir:

Premissa (1): Todo ser humano é sensível ao amor.
Premissa (2): Todos os homens são seres humanos.
Conclusão (3): Logo, todos os homens são sensíveis ao amor. 

 Eu sei que este novo texto está parecendo mais um estudo ao invés de uma reflexão, mas, insista em querer entender onde eu quero chegar. Você pode até discordar que todos os homens são sensíveis ao amor, mas eu criei premissas (1 e 2) que justificam tal afirmação (3). É isso que eu quero que vocês entendam. Eu poderia dizer que todo azul é rosa (1), que todo o céu é azul (2) e logo depois concluir que todo céu é rosa (3). Não importa se uma coisa faz sentido com a outra, mas sim que existem premissas que justificam aquilo que eu pretendo dizer (ou quero acreditar). E na vida não é diferente... A verdade absoluta, de fato, é libertadora, mas, quem pode nos afirmar o que de fato é verdade?
  Nós, seres humanos, vivemos em busca de verdades que o mundo nos traz, mas não conseguimos (ou encontramos dificuldades em) entender que muitas das vezes uma verdade não se encaixa a sua verdade. Um estilo de vida não se encaixa com o teu estilo de vida. É correto dizer que muitas das vezes o ser humano tapa os seus olhos pra muitas verdades, mas todos se esquecem que todo ser humano é livre pra buscar preenchimento naquilo que lhe faz bem. Se é o que nos completa ou não, descobriremos no decorrer do tempo. Se é algo que nos preenche ou não entenderemos depois, mas, o mais incrível é que podemos deixar de nos culpar por algo que deu errado e recomeçar, e tentar de novo, e criar uma nova verdade...
  Nós não temos motivos pra andarmos cabisbaixos. Podemos ter razão de escolhermos andarmos tristes, é bem verdade, mas podemos também criar motivos (premissas) que nos encorajam a prosseguir com um pouco mais de leveza e alegria.
   Eu sei que pode estar um pouco confuso entender o que o exemplo dado tem a ver com o que eu quero dizer, mas, se você não entendeu até aqui pode colocar a culpa na minha falta de clareza nas palavras, desde que você se limite a entender que você pode - e deve - criar possibilidades de ser feliz. Que você pode - e deve - criar motivos que te ajude a moldar a sua própria verdade. Que você pode - e deve - ser feliz com as coisas que te fazem bem... Temos tão pouco tempo, e não podemos perder tempo vivendo algo que funciona pro "teu vizinho" mas existe uma dúvida se funciona ou não pra você. Não podemos perder tempo de viver algo que não está destinado a nós. É como um dom, cada um tem um diferente que lhe faça trilhar o seu caminho. Não adianta querer cantar se você não nasceu (ou ao menos não treinou) pra isso, assim como não adianta viver uma verdade "emprestada" ou "copiada" se ela não te satisfaz.
  Pois bem caro leitor, diante todas estas coisas, qual é a sua verdade? Digo, o que te satisfaz?

"Uma mentira dita mil vezes torna-se uma verdade" -
Joseph Goebbels



 Matheus Araujo Dias

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