A dor mais profunda é a da alma.
Não escrevo porquê tenho o dom, escrevo porquê sinto, e sinto muito por sentir. Sinto muito por toda essa dor que corrói, destrói, desconstrói tudo aquilo que eu imaginava ser eu. Tudo aquilo que eu acreditava ser o politicamente correto.
Você já parou pra pensar como, infelizmente, o politicamente correto ironicamente torna-se o errado? Não adianta você reunir todas as justificativas, por mais honrosas que sejam, pra explicar o quanto você se doôu a alguém. Se este alguém não consegue entender a intensidade da palavra cuidar e doar-se, de nada valerá.
Não adianta você gritar "ei mundo, o mais importante é a beleza interior", ou sair chorando da sala do cinema depois de assistir A Bela e a Fera, e entender que Bela conseguiu enxergar a beleza que existia dentro da Fera... não adianta. O mundo real não é assim. O politicamente correto enche os olhos, mas não enche o coração. As pessoas sempre vão escolher o rostinho mais bonito, o corpo mais apresentável, as viagens mais sensacionais que alguém é capaz de lhe dar. Ninguém tá interessado em conhecer as viagens mais profundas, que as almas, em conexão, são capazes de fazer.
Tudo é corpo. E, por falar nele, já parou pra pensar o quanto "nossos" corpos são recicláveis? As pessoas usam, se satisfazem, reusam, quando acabou a graça e a "utilidade", descartam. Vira lixo. Vira pó. Como se as histórias pudessem num passe de mágica desaparecer. Como se o toque no corpo fosse apenas uma sensação de prazer, e não de conhecer o contorno do corpo que está entregue a você.
Lixo de geração!
A decepção, quando você se depara com situações como esta é grande. Quer dizer que o sentido da vida é não dar razão aos sentidos? Eu já não compreendo mais.
Hoje, eu sinto a dor de ser politicamente correto.
Mais uma vez, me desculpe mundo, o amor não venceu.
E por falar em amor, ele não é aquela sensação de prazer e sorriso no rosto todas as vezes que pensar em alguém. O amor é você olhar pra este alguém e não entender tamanha razão de amar, mas só amar.
Mas tudo bem, ignorem a minha definição. Aliás, o politicamente correto não vai te convencer a nada.
Matheus Araujo Dias
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